Jose Soeiro debate o trabalho por turnos no Entroncamento
A iniciativa agendada para as 21h30 de Sexta-Feira, 12 de Maio, vai discutir o trabalho nocturno, por turnos e as folgas rotativas, no seguimento de um projecto-lei apresentado pelo Bloco de Esquerda, que visa minimizar os impactos sobre as mais de 725 mil pessoas que trabalham em sectores como a indústria ou os transportes públicos, na distribuição da energia ou no sistema de saúde, na distribuição de água ou nas telecomunicações, na segurança privada, no correio, em espaços comerciais, entre outros.
A sessão vai decorrer no Auditório da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, no Entroncamento, e vai contar com a presença do deputado José Soeiro, que, em jeito de antevisão, diz que "o trabalho por turnos tem custos pesados: perturbações no sono, maior fadiga, sintomas depressivos, alterações no apetite e no sistema gastrointestinal, perturbações cardiovasculares. E até uma maior incidência de doenças como o cancro".
Para o deputado bloquista, "no trabalho por turnos, há também mais insegurança no contexto do trabalho, mais acidentes (por vezes mortais), há o cansaço como companhia e vidas em contraluz. E há, claro, o tempo que é retirado à vida. Os seus horários descoincidem com o dos amigos e o da família. Muitos não conseguem sequer planear coisas básicas, como fins de semana para estar com os filhos".
Esta é assim uma preocupação que o Bloco de Esquerda quer discutir com os seus militantes e simpatizantes, numa iniciativa pública, para que o projecto-lei possa ser melhorado e corresponder exactamente aos anseios daqueles que têm como sua fonte de rendimento este tipo de trabalho.
Com esta iniciativa o Bloco de Esquerda pretende obter melhorias na "garantia dos dias de descanso, na assistência médica, na diminuição do horário de trabalho, no aumento dos dias de férias, entre outras propostas positivas para as pessoas que laboram nestes regimes de trabalho".