Um caminho interrompido

O primeiro ano foi complicado, porque era o primeiro: tudo novo, diferente, grande. Mas foi! O segundo… bem o segundo foi o Covid. Tod@s sabemos como foi terrível. Mas foi!! Seria agora, mais calmo, mais prazeiroso, com maior profundidade. Só que não! Pela primeira vez na história da nossa democracia, o chumbo de um Orçamento de Estado levou à queda do Governo e à marcação de eleições antecipadas.

O fim do equilíbrio parlamentar que sustentou o governo minoritário PS começou a desenhar-se em 2019. Na anterior legislatura, conhecida carinhosamente como Geringonça, o PS aceitou acordos parlamentares que permitiram mudanças significativas no país. Foi possível inverter a lógica de austeridade da direita PSD e CDS. Parar com os cortes em salários e pensões e diminuição de serviços públicos.

Mas após as eleições de 2019 o PS recusou acordos escritos com os partidos à sua esquerda. O fim da geringonça estava decretado. Faltava saber quando seria implementado.

E agora? O caos da crise cozinhada entre o Presidente e o Primeiro Ministro? O lamaçal das acusações que já começaram? A inevitabilidade de um governo de Bloco Central? Não.

Agora a tranquilidade da argumentação, da alternativa. A certeza do compromisso político sério com cada pessoa que vota no Bloco: viemos para mudar este país, não para ser a muleta cúmplice do PS quando não quer defender quem trabalha ou trabalhou. Vamos para a frente, construir um futuro pra Portugal no qual os mais jovens possam viver. Confiamos na Democracia.

Também a União Europeia olha para o futuro com preocupação, entre o falhanço climático de Glasgow, as derivas ditatoriais de países como Polónia/Hungria e os migrantes que o regime autoritário de Lukashenko “atira” contra as fronteiras europeias.

Há futuro aos 71 anos? Se sim, que queremos desse futuro? A nossa opinião conta? E como faremos para passar das palavras aos atos concretos? A resposta, em 2021, só podia ser uma: uma aplicação!

A Plataforma Digital Multilíngue, disponível em https://futureu.europa.eu/ é o coração da Conferência. É neste local virtual que todos os cidadãos europeus, em particular os jovens; mas também autoridades europeias, nacionais e locais e organizações podem refletir sobre o futuro que pretendem, organizar eventos e contribuir com ideias sobe os desafios e as prioridades para a “sua” União Europeia.

A discussão está organizada em torno de 10 tópicos. Para cada tópico é possível partilhar ideias, participar num evento presencial/virtual ou organizar um evento. Cada organizador de um evento compromete-se a respeitar a carta da conferência sobre o futuro da Europa e a registar na plataforma as principais conclusões do mesmo, numa das 24 línguas oficiais da União Europeia.

Para além da plataforma digital estão já a decorrer Painéis de Cidadãos, cada um composto por 200 cidadãos dos 27 Estados- -Membros, selecionados aleatoriamente e sessões do Plenário da Conferência. Tenho o prazer de ser uma das representantes dos parlamentos nacionais e poder tentar que este evento não seja apenas um complicado exercício institucional, mas sirva para aumentar o conhecimento sobre o funcionamento da União e (eventualmente) fazer com o que o seu futuro seja melhor que o passado.

Decorrem várias iniciativas nacionais e uma delas será em Santarém, já no próximo dia 6 de dezembro. O auditório do CNEMA será o palco da discussão sobre: “Uma economia que beneficie os cidadãos, a luta contra as alterações climáticas e política agrícola”. Considera-te/considerem-se desde já convidad@s!! Basta fazer a inscrição gratuita online, individual ou de um grupo aqui.

A União Europeia só terá Futuro se for livre, igualitária, solidária e democrática. Outra Europa ainda é possível. Participa. #TheFutureIsYours