Requalificação da ligação de Porto Mós a Santarém "empurrada"
No concelho de Santarém, e não só, a Estrada Nacional 362 assume um papel estruturante na deslocação de pessoas e no escoamento de mercadorias - em particular das empresas situadas
nas freguesias de Abrã, Alcanede e Gançaria, com importante valor económico para o concelho e fortemente exportadoras.
Esta estrada, apesar de ser o principal e estratégico eixo que liga Alcanede, Gançaria, a Serra dos Candeeiros e o concelho de Porto de Mós com Santarém, ligando ainda a norte ao IC9 e a
sul à A1 e sequencialmente à A15, A23 EN3 e A13, apresenta imensas curvas, tem um pavimento degradado e estreito e necessita de intervenção a curto prazo.
Foi anunciado um plano de melhorias, pelas Estradas de Portugal, para pavimento, sinalização e drenagens, no valor de 2,1 milhões de euros, em plano 2105-2019. Em consequência, em
2015, a Estadas de Portugal estava a preparar o lançamento do concurso público para que as obras se iniciassem em 2017.
Entretanto, tendo sido criada a empresa Infraestruturas de Portugal - IP e estando já muito próximo o ano de 2017, entre autarcas e populações crescem as preocupações sobre a execução desta requalificação tão premente, tendo enviado o Bloco de Esquerda algumas questões ao executivo.
Agora, já em Março de 2017, o executivo respondeu, por intermédio do Ministro do Planeamento, explicando que "em 2008, foi estabelecido um protocolo entre a Ex Estradas de Portugal, agora Infraestruturas de Portugal, S.A. (IP), e a Câmara Municipal de Santarém, ao abrigo do qual o troço da EN362 entre o km 22+433 e o km 51+713 era transferido para o domínio municipal. Aquele protocolo previa ainda que, após a transferência dominial, a autarquia desenvolvia um conjunto de intervenções".
Assim, "como aquelas intervenções nunca foram concretizadas, a via foi objeto de um processo de retorno para a IP. Atualmente, a intervenção “EN362 Alcanede (km 31+080) e entroncamento com a EN3 (Santarém) km 51+714”, está prevista nos instrumentos de planeamento da empresa, com o lançamento previsto da respetiva empreitada daqui a dois anos, condicionado às disponibilidades financeiras do país", esclarece o Ministro do Planeamento.