Mensagem da Lista B - Eleições para a CCD Santarém

Nota de esclarecimento da Lista B,
 candidata às eleições para a CCD de Santarém a 15/12/23

A Lista B, respeitando o regulamento, decidiu enviar por e-mail a sua lista e moção a todos/as os/as aderentes pelas seguintes razões:

1-     Pelo regulamento eleitoral, as listas concorrentes aos atos eleitorais internos do Bloco têm de cumprir preceitos. No caso, são de apresentação obrigatória a moção e a composição das listas;

2-     Estes documentos são da inteira responsabilidade de cada lista e, consequentemente, invioláveis na sua integridade de conteúdos;

3-     Acontece que nos documentos da Lista B foram suprimidos dois elementos que reputamos da maior importância, como sejam a idade dos /as candidatos/as e respectivas profissões;

4-     Assume a MAE que esta é a forma tradicional no Distrito de divulgação das listas. Não questionamos tal observação. Questionamos com veemência o fato de documentos de uma lista terem sido violados;

5-     As idades e profissões não são aspetos menores na apresentação de uma candidatura, em particular a da lista B, que se apresenta da seguinte forma: “Uma lista onde a juventude ombreia com a veterania, perspetivando o futuro e intervindo no presente”. Retirar os elementos de análise aos/às aderentes sobre este aspeto, que configura por parte da Lista B uma proposta de futuro para o nosso partido, não é politicamente neutro;

6-     Neste quadro eleitoral interno, e caso a Lista A tenha disponibilidade, podemos aproveitar a última semana de campanha para realizar debates entre as listas, para melhor esclarecimento dos e das aderentes, pelos menos onde existem sedes do BE. Aqui fica a sugestão.

Assim, de acordo com o  ponto 2.2.4 do regulamento,  a Lista B pretende que a MAE faça a divulgação  dos documentos que a Lista A envia para o efeito. Ou seja, esta nota de esclarecimento, a moção e lista de candidatos/as com dados completos, tal como foram entregues na CCD de Santarém.

O Mandatário,

José Carreira

MOÇÃO DA LISTA B - CONCORRENTE ÀS ELEIÇÕES DA CCD 15 DE DEZEMBRO 2023

Apresentamo-nos às e aos aderentes do Distrito de Santarém, para as eleições de 15 de  dezembro, com uma lista onde a juventude ombreia com a veterania, perspetivando o futuro e  intervindo no presente.

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS E AS EUROPEIAS

Após a demissão do primeiro-ministro e da consequente antecipação das Eleições Legislativas,  é imperativo o nosso empenho em fazer crescer o Bloco no distrito de Santarém e em  recuperar a nossa representação na Assembleia da República. A maioria absoluta do PS foi  responsável pela instabilidade política e no agravamento da crise do SNS, da habitação, na  diminuição do poder de compra da maioria da população e na falta de investimento público. O  Bloco no distrito tem de assumir esta batalha de forma convicta e mostrar que também em  Santarém levamos o país e o distrito a sério.

As Eleições Europeias são, igualmente, um futuro desafio no caminho da cada vez maior  afirmação do Bloco. Nestas eleições, os problemas da PAC, da água, entre outros, assumem  especial relevo na vida das pessoas, pelo que nos merecem respostas assertivas. Também para  a Europa é urgente levar o país e o distrito a sério.

«RECONSTRUIR O BLOCO NO DISTRITO»

Trata-se, literalmente, de seguir à risca este lema, pois na situação que se vive no distrito impera o desligamento entre camaradas e entre estruturas (onde elas existem, uma vez que na maioria dos concelhos ou não existem estruturas eleitas, ou não funcionam). A inação  política é permanente, pese embora o esforço de algumas, muito poucas, concelhias que  constituem um oásis no deserto de ideias e ação que se constata no Distrito.

MUDAR É URGENTE E NECESSÁRIO

Temos como centro mudar este estado de coisas. Para isso é preciso mudar a composição da  Distrital e da sua maioria que, pela sua inação política, métodos prepotentes, diferenciação  entre aderentes, ausência de transparência e desligamento do partido e suas estruturas tem  incrementado esta triste situação.

Não falamos à toa. A comprová-lo estão os últimos dois anos em que, em franca minoria (11 eleitos da lista A e 6 da lista B), participámos nas reuniões da Distrital e onde assistimos:

Total inação política – Em dois anos, somente por duas vezes o Secretariado da Distrital tomou  posição política pública. Na vida interna, limitou-se a três debates realizados por internet e a  promover um almoço comemorativo do 25 de Abril de 2023. Elegeram-se responsáveis por  Grupos de Trabalho, mas só dois fizeram a primeira reunião. Nem as propostas para o  Orçamento de Estado, relativas ao distrito, apresentadas pela minoria e aprovadas, foram  entregues ao Grupo Parlamentar. O debate interno esvaziou-se.

Segregação e diferenciação – Perante o desaire eleitoral nas Legislativas de 2022, que levou a  cortes substanciais nas verbas de apoio às distritais, a maioria optou por uma lógica de grupo, em vez de uma resposta solidária. Rejeitou todas as propostas de dividir equilibradamente o  dinheiro existente por todas as concelhias que tinham sede. Decidiu que três concelhias não  pagariam e as outras, se quisessem, arranjariam fundos para pagar as suas sedes. Desta maneira, distinguiu uns aderentes como de primeira categoria e o resto. Também o  Secretariado foi totalmente composto por membros da maioria, tendo sido rejeitada a sua  composição proporcional aos resultados das eleições internas.

Desligamento do partido - À exceção da primeira, todas as reuniões da Distrital foram  realizadas online, em dias de semana, com uma duração máxima de 2h30m a 3h para 17 membros. Mesmo perante os relatos de dificuldades em diferentes concelhos, o Secretariado  nunca tomou medidas para se inteirar dos problemas, nem para tentar resolvê-los, porque não  se desloca a lado nenhum. Como corolário, a maioria fez eleger um “coordenador” que não  vive no distrito, o que não sendo um problema em si, deveria ser compensado com a sua  presença no distrito. E isto nunca se verificou, se excetuarmos, mais uma vez, os meios online.

Para disfarçar, e ao fim de dois anos de ausência, o Secretariado Distrital promoveu de supetão  um chamado “encontro autárquico” (também online), sem que os 31 autarcas do distrito  fossem ouvidos ou envolvidos.

Fica a pergunta: se não queriam fazer nada porque se candidataram?

Transparência - Só o caso das sedes é, por si só, de enorme gravidade e retrata como a maioria  da lista A concebe o partido.

Mas também no que concerne às contas promoveu uma opacidade total. No final de 2022, a  lista B exigiu, pela enésima vez, a apresentação das contas de 2021 e o orçamento para 2022.  Só depois da insistência apareceram as contas de 2021 e parte das de 2022. O discricionarismo  foi total. Andámos dois anos sem orçamento (2022 e 2023), nem contas fechadas de 2022. Quanto às contas de 2021, em que a atual maioria saiu de uma lista única, foram detetados  gastos completamente desmesurados, mesmo absurdos, em transportes e refeições, centrados em 2 ou 3 camaradas. Por se tratar de ano de pandemia, estes gastos não podiam ter a menor correspondência com atividade política. As explicações, foram naturalmente  pedidas, mas a maioria nunca se dispôs a fornecê-las. O dinheiro do Bloco é de todos nós e quem o gere tem de prestar contas. Assim manda a Democracia. Mas parece que isso não se  aplica à Distrital da Santarém.

Os problemas e mal-estar internos que se vivem no Bloco do distrito de Santarém são o  corolário desta súmula de problemas que a nossa lista se propõe enfrentar e alterar.

CAMINHOS PARA A MUDANÇA

1- Concebemos um Bloco plural, onde diferentes ideias, conceções e métodos têm lugar.  Assim, rejeitamos uma lógica de unitarismo, tão acarinhada por quem só utiliza uma  lente para ver o mundo. Não rejeitamos a unidade quando as ideias e práticas se  complementam. Mas não se verificando esta premissa, o caminho a seguir é o da Democracia. Pugnaremos sempre pela unidade na ação do Bloco, pois esse deve ser o  polo que nos junta.

2- Desenvolveremos uma prática na Distrital que colocará em pé de igualdade o conjunto  dos aderentes. As estruturas concelhias beneficiarão de um espírito de solidariedade e  entreajuda. Queremos um Bloco aberto a independentes, ao seu saber e ação; um Bloco interventivo nos espaços físicos, mas também aproveitando as oportunidades  que novas tecnologias trazem para o debate. Neste processo, queremos um Bloco que  se debruce, estude, analise e formule propostas políticas para o distrito, fugindo das  banalidades e generalidades.

3- Construiremos políticas e agiremos em torno dos seguintes eixos:

a) Defesa dos serviços públicos, pelos direitos do trabalho e contra a discriminação: Ampliar a nossa intervenção nestas lutas decisivas para alcançar uma vida boa  para quem trabalha. Não descuraremos o combate à crise do SNS e daremos passos no distrito na exigência de programas municipais de habitação pública.

b) Exigência de investimento público estruturante no Distrito: Passaram-se anos sem  qualquer investimento público importante no distrito. A falta deste constitui uma das razões para o seu envelhecimento, aumenta as debilidades da economia e precariza, ainda mais, as condições de trabalho. Falta investimento na mobilidade,  nas infraestruturas rodoviárias e de acessibilidades, assim como na preservação  ambiental e salubridade. São bandeiras que se exigem levantar.

c) A água e sua sustentabilidade: Com a pressão das alterações climáticas,  atualmente o problema da água está na ordem do dia. A perceção popular, que  vem de antanho, de que o Ribatejo tem água de sobeja tem sido colocada em  causa pela realidade. Ao mesmo tempo, sendo o distrito uma das principais  regiões agrícolas do país, setor que mais água consome, proliferam os projetos e  ideias extractivistas sobre a água. A sustentabilidade, a preservação dos  ecossistemas, a qualidade, o combate ao desperdício a água (mesmo a urbana) são  todo um feixe de questões para as quais a nossa intervenção não pode ser adiada.

São estes os caminhos que apresentamos às e aos aderentes. Sem esconder problemas e  diferenças, estamos certos de que somos capazes de encetar um caminho de mudança para  reforçar o Bloco de Esquerda no distrito e contribuirmos para o seu reforço nacional.

 

Candidatos/as

 

NOME                                                Nº ADERENTE          IDADE             PROFISSÃO

1.     José Manuel Rodrigues Carreira             A2758 - Santarém          66                 Reformado

2.     Diogo Alexandre Fernandes Gomes       A15917 -Torres Novas    20                  Estudante

3.     Ana Rita Avelino Bernardes Filipe          A3700 - Santarém          43                  Professora

4.     Júlia Maria Ferreira Mendes Pereira       A8834 -Entroncamento   33                  Ativista Social

5.     Sedrick Domingos Carvalho                    A13465 - Santarém         34                 Jornalista

6.     Ana Patrícia Marques Alves                    A16374 - Torres Novas     24                 Estudante

7.     Paula Cristina Silva Monteiro                  A15591 - Santarém         34                 Educadora Social

8.     Luís Filipe Dias Grácio                             A4320 - Entroncamento   69                 Reformado 

9.     Vítor Manuel Carvalho Franco                 A1329 - Santarém          62                 Eletricista

10.  Ana Maria Diegues Mendes Costa          A12176 - Torres Novas   46                 Func. Pública

11.  João de Carvalho Pombas Jacinto         A6259 - Santarém          42                 Emp. Fabril

12.  Duarte Mendes Trindade Arsénio           A6146 - Chamusca         66                 Eletricista

13.  Teresa Maria Carvalho Nascimento        A11824 - Santarém         49                 Téc. Radiologia

14.  Dina Salomé Peixeiro Pintassilgo de Sá    A13790 - Torres Novas   49                 Op.Supermercado

15.  José das Neves Filipe                                 A1333 - Santarém          68                 Reformado

16.  Catarina Maria Santos Caeiro Martins       A16968 - Santarém         30                 Professora

 

MANDATÁRIO:  

• José Manuel Rodrigues Carreira, aderente A2758