Bloco de Esquerda solidário com os enfermeiros de Abrantes
Neste sentido, notam, o CHMT “tem evidenciado a insuficiência de enfermeiros na equipa, face ao elevado número de doentes internados, o que tem sobrecarregado os mesmos na prática do exercício profissional, pondo em causa o atendimento a doentes emergentes/muito urgentes e urgentes”.
A luta dos enfermeiros dos Serviços de Urgências do Hospital de Abrantes por melhores condições de trabalho já se arrasta há longos anos. A atual escusa de responsabilidades revela que, à semelhança do anterior, o atual Conselho de Administração continua a revelar-se incapaz de resolver os problemas dos enfermeiros.
Maiores responsabilidades devem ser assacadas ao governo, principal responsável pela progressiva degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com ataques aos direitos dos profissionais, desmantelamento de serviços e recorrente falência das respostas às populações.
Recorde-se que o CHMT abrange 15 concelhos e presta serviço a uma população de mais de 215 mil pessoas. Com três polos --- Torres Novas, Tomar e Abrantes ---, é neste último que funciona a Urgência Médico-Cirúrgica do CHMT. É, portanto, um serviço particularmente crítico.
A gravidade da situação a que se chegou justifica a posição dos enfermeiros de Abrantes, em luta pelos seus direitos profissionais e por um SNS que sirva cabalmente as populações.
O Bloco de Esquerda saúda esta luta dos enfermeiros e aponta-a como exemplo a seguir por todos os trabalhadores a quem são retirados direitos. Esta luta merece a solidariedade das populações pois é também por elas que estes profissionais se batem.
7 de setembro de 2022
A Comissão Coordenadora Distrital de Santarém do BE