Bloco de Esquerda protesta contra o encerramento da agência da CGD na Golegã
O Bloco de Esquerda tomou recentemente conhecimento de que a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) decidiu encerrar a sua agência na Golegã, já a partir do próximo dia 1 de março.
A Golegã é um concelho do distrito de Santarém, com uma população de quase 6 mil habitantes, repartida por 3 freguesias e com uma economia assente num moderno setor agrícola e agroindustrial.
Ora, entende o Bloco de Esquerda de que a Caixa Geral de Depósitos é um banco público essencial ao desenvolvimento do país e, em particular, de concelhos com menos população, como a Golegã, onde já se verifica alguma retração na oferta de serviços bancários privados.
Os propósitos governamentais de apostar no desenvolvimento de concelhos menos populosos, em que, além do mais, até existe um elevado potencial agrícola, precisam do suporte de um banco público, próximo e disponível para as pessoas que aí vivem e para as empresas que aí desenvolvem a sua atividade.
Pelo contrário, a redução da oferta de serviços da CGD, a par da fuga de outros serviços públicos, contribuirá para dificultar a atividade económica e, por consequência, para agravar desigualdades territoriais, nos mais diversos domínios.
Assim, o Bloco de Esquerda colocou ao executivo, as seguintes questões, com vista a esclarecer a população local:
1. Tem o governo conhecimento da decisão tomada pela administração da CGD de encerrar a agência da Golegã, a partir do próximo dia 1 de março?
2. Considera o governo que essa decisão, por parte da administração do banco público é compaginável com as necessidades do desenvolvimento e do equilíbrio territorial do país?
3. Está o governo determinado a manter a oferta de serviços da CGD, em condições de equidade para as populações de todo o país e, concretamente, a mantê-la da Golegã?