Armindo Silveira mantém o alerta sobre os problemas ambientais e de mobilidade relacionados com o travessão do Pego

O Vereador Bloquista do Município de Abrantes e Coordenador do Grupo de Ambiente da Coordenadora Distrital de Santarém volta a alertar para os multiplos impactos do travessão do Pego.

A Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda de Abrantes mantém o alerta sobre falta de
conectividade no Travessão do Pego.

No final de 2015, foi detectado, por activistas, que decorriam obras junto à zona de captação da Central Termoelectrica do Pego. Para espanto de todos, no rio Tejo tinha sido construída uma muralha de pedra, com uma altura considerável, que ia de margem a margem impedindo a passagem das espécies piscícolas e embarcações.

O tema saltou para a praça pública e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) obrigou a dona da obra (PEGOP) a abrir uma abertura que permitisse a conectividade fluvial. A passagem para embarcações nunca foi assegurada.

No inicio de 2016, o deputado bloquista Carlos Matias, levantou por,diversas vezes, na Assembleia da Republica em sede da Comissão de Ambiente, no próprio plenário e no local, alguns problemas tais como a falta de conectividade fluvial e, também, a deficiente ou inexistente fiscalização por parte da APA o que levou a que a obra estivesse a ser executada sem ter em conta os impactos ambientais decorrentes da mesma.

Depois de várias perguntas ao Ministério do Ambiente, à APAe de muita pressão mediática que culminou com uma visita de uma Comissão de Deputados ao local, a obra foi suspensa e o projecto entrou em processo de revisão. Dessa reformulação as medidas a concretizar seriam o rebaixamento da muralha  de pedra em um metro, o “tamponamento” da mesma e o fecho da abertura obrigando o caudal a passar por uma zona um pouco mais baixa junto à margem direita onde existe uma espécie de rampa.

O cenário de poluição extrema retirou visibilidade mediática a esta barreira artificial que esteve na origem da enorme mobilização em defesa do rio Tejo. Passados dois anos,e sabendo do reinicio das obras, o Vereador Bloquista do Município de Abrantes e Coordenador do Grupo de Ambiente da Coordenadora Distrital de Santarém deslocou-se ao local e verificou que os problemas que impedem a passagem embarcações, aparentemente, não foram resolvidos.

Pelo que é dado a perceber a obra está concluída e não foi prevista a passagem de pequenas embarcações.Esta foi e é  uma reivindicação do BE, dos activistas e das associações.

O BE comprometeu-se com os eleitores do Distrito a lutar para que o rio Tejo volte a ser uma fonte de vida e olha com surpresa para a solução encontrada.

As perguntas que o Vereador do BE coloca são as seguintes: "Será que mais uma vez o grande poder económico é favorecido em detrimento dos que têm “menos voz”?Não ficou provado que esta barreira artificial impede o normal desenrolar das actividades ligadas ao rio? Como é que a APA não teve em conta investimentos já concretizados e outras a concretizar? Se não for o Estado a defender os recursos naturais, quem será?

Muitas perguntas por responder numa altura em que se fala de sustentabilidade ambiental e economia circular.

Video: 

Dois anos depois, problemas no Travessão do Pego continuam!