O Bloco de Esquerda de Santarém alerta para a situação dos CTT e solidariza-se com a luta dos trabalhadores em greve a 12 de junho.
Em tempo de pandemia o trabalho dos Correios duplicou sendo esse aumento em alguns Postos de 150% com o aumento das compras online, distribuição de correspondência institucional, máscaras, etc.. Para além desse acréscimo de trabalho e da empresa não pagar horas extraordinárias, há carteiros a fazer três ou quatro giros por dia não conseguindo mesmo assim dar conta do trabalho, amontoando-lhe também as tarefas que precisam fazer nas Estações. Lembra-se também que os carteiros estão entre os trabalhadores de alto risco de contágio, não sendo possível reduzir o trabalho presencial também lhes foi dado equipamento adequado. A situação levou ao agravamento das situações de stress profissional e consequente diminuição de trabalhadores no ativo. Recentemente os trabalhadores foram confrontados com o corte nos seus rendimentos mensais, com o corte do subsídio de alimentação, que foram substituídos por cartões de refeição, de evidentes benefícios financeiros para a empresa e também para Hipermercados e Banco envolvidos a quem alguns accionistas estão ligados.
Já este ano, o Governo iniciou (re)negociações da concessão e do caderno de encargos à empresa CTT. Sendo evidente que não há condições para a renovação da concessão, a oportunidade deve ser aproveitada para trazer de novo os CTT para alçada pública.
A CCD do Bloco de Esquerda, de Santarém manifesta publicamente a sua solidariedade para com os trabalhadores dos CTT do distrito de Santarém e a nível nacional.
Só com os CTT nacionalizados e sob a gestão pública teremos um serviço de qualidade às populações.