SOLIDARIEDADE PARA COM OS TRABALHADORES DA UNICER/RICAL
O Bloco, através das suas Comissões Concelhia e Distrital de Santarém, com a presença do deputado eleito Carlos Matias, reuniu com a Comissão de Trabalhadores da Unicer e com Sindicatos do sector. Esta segunda-feira, o Bloco reuniu também com responsáveis da empresa.
Perante a informação recolhida, o Bloco de Esquerda reprova adecisão da administração da Unicer de despedir 70 trabalhadores da fábrica de Santarém, encerrando esta unidade fabril.
O encerramento é inaceitável
Como refere o comunicado emitido por todas as organizações representativas dos trabalhadores, as medidas além de inaceitáveis surgem“na lógica de dar sequência ao processo de reestruturação iniciado em 2012 e que levou ao encerramento da fábrica de cervejas em Santarém e à perda de mais de 100 postos de trabalho, processo esse encetado pelo actual Ministro da economia António Pires de Lima, à data administrador executivo da Unicer”.
O encerramento é tanto mais inaceitável quanto a empresa apresenta todos os anos avultados lucros e, recentemente, recebeu um subsídio de 7 milhões de euros, dos quais 3,7 milhões foram investidos precisamente na unidade cujo encerramento é agora anunciado.
Ninguém compreende que um grupo empresarial com cerca de 1300 trabalhadores e que investe anualmente milhões de euros em publicidade não consiga manter 70 postos de trabalho, em Santarém.
Unicer não hesita em encerrar 2 unidades fabris
A Unicer reconhece que o seu sucesso se faz “por todos aqueles que diariamente trabalham na empresa, um por um, sem exceção“. No entanto, atira para o desemprego 70 dos trabalhadores a quem deve o sucesso.
Por outro lado, a empresa assume como sua missão,” obter o reconhecimento e valorização adequados por parte da comunidade“. No entanto, não hesita em encerrar 2 importantes unidades fabris, em poucos anos, debilitando ainda mais o tecido produtivo regional.
25 trabalhadores serão reconduzidos noutras instalações fabris
Algumas medidas paliativas, prometidas para atenuar os efeitos do desemprego, não iludem o essencial: 70
trabalhadores vão para a rua. Destes, apenas 25 terão lugar na Fonte Salem, também em Santarém — mas em condições que obviamente serão muito piores.