Bloco de Esquerda visita Pernes e reúne com a CLAPA

O Bloco de Esquerda de Santarém vê com preocupação o abandono de uma freguesia que já fez parte do roteiro turístico do distrito, e que hoje devido à poluição, é uma sombra do que foi. A poluição da água do Alviela, do ar, e do solo, nesta região, levou ao êxodo da população de Pernes, sendo um exemplo da desertificação do País.

O Bloco de Esquerda de Santarém reuniu no passado sábado com a CLAPA (Comissão de Luta Antipoluição do Alviela), em Penes, estando presentes a deputada Fabíola Cardoso, os autarcas do concelho de Santarém, e ativistas locais.

Desde que começaram os problemas, foram destruídos mais de 500 postos de trabalho, ligados às industrias das madeiras, da moagem, do turismo, e mesmo da pesca (a boga foi uma espécie extinta devido à poluição).

O problema dura há mais de 50 anos e teve implicação nas alterações geológicas do solo e margem, obrigado a fazer paredões, perdendo a beleza natural das quedas de água, no Parque do Mouchão que hoje está ao abandono.

Os números de problemas de saúde na localidade aumentaram desde que a poluição começou, sem nunca ter havido compensação por tal, não obstante o lucro de alguns. É urgente monitorizar a qualidade da água, ar e solo, e que tais resultados sejam públicos, o que até hoje nunca foi feito, bem como a contratação de guarda-rios, e a limpeza das linhas de água.

Esta problema está ligado ao já reportado caso de Alcanena, mostrando que a poluição atmosférica e da água é um problema distrital, bem como que a bacia hidrográfica do Tejo está a ser atacada e se nada fizermos ficaremos sem o nosso rio, uma das grandes riquezas do distrito, para apenas alguns aumentarem as suas margens de lucro.