Bloco de Esquerda reclama manutenção do atendimento da CGD

O Bloco de Esquerda de Santarém questionou, em Janeiro, o Governo sobre as condições de antendimento da CGD em zonas poucos povoadas.

Em Janeiro, quando surgiram as primeiras noticias sobre o encerramento de balcões da Caixa Geral Depósitos, o Bloco de Esquerda de Santarém questionou no Parlamento o Ministério das Finanças sobre as intenções da administração do banco público. 

A reposta chegou quatro meses depois, com o Ministério das Finanças a dizer que a Caixa Geral Depósitos beneficiará de "medidas de incremento da eficiência", que garantam a "prestação de serviços bancários de qualidade às populações e a garantia de viabilidade económica da operação bancária da CGD". 

Assim, no que toca ao horário reduzido, esclarece o Governo que "os serviços de tesouraria estarão disponíveis durante o período da manhã, mantendo-se disponíveis os restantes serviços bancários ao balcão da parte da tarde, desde que solicitados pelo cliente". 

Esta resposta vem no seguimento de um alerta deixado pelo BE Santarém, que esclarece que em zonas pouco povoadas, é necessário "o suporte de um banco público, próximo e disponível para as pessoas que aí vivem e para as empresas que a aí desenvolvem a sua actividade". 

Em reacção a esta reposta por parte do Ministério das Finanças, o deputado do BE eleito pelo distrito de Santarém, Carlos Matias, considera que não se pode aceitar que "a viabilização da CGD implique menos disponibilidade dos seus balcões em zonas pouco povoadas e com localidades dispersas", onde o "atendimento presencial não é substituível por novos canais, como a internet, tanto mais que grande parte da população é envelhecida e dificilmente opera os novos instrumentos eletrónicos”.