Bloco de Esquerda mantém a atenção sobre as descargas no Nabão

O Bloco de Esquerda tem insistido com o Ministério do Ambiente sobre as descargas poluentes no Rio Nabão.

As descargas poluentes no Rio Nabão têm sido uma constante e o Bloco de Esquerda tem questionado o Ministério do Ambiente sobre esta problemática. 

No dia 28 de Março de 2017, o rio Nabão foi alvo de mais uma descarga poluente. Segundo populares da cidade de Tomar, esta “nova onda” de descargas já se arrastará há diversos dias, especialmente durante a noite.

Os seus efeitos tornam-se particularmente visíveis junto à ilha do Mouchão, em Tomar, na zona do estádio desportivo e jardim infantil, onde existem quedas de água que originam a formação de espuma de cor amarelada e esbranquiçada.

Não é, contudo, a primeira vez que tal acontece. Em novembro de 2016, na sequência de um outro forte derrame poluidor ocorrido na altura, e em reposta à pergunta n.º 1471/XIII/2ª do BE, o Ministério do Ambiente informou nada ter “sido detetado de menos correto no funcionamento das ETARs de Seiça e do alto do Nabão”, infraestruturas que se admitia estarem na origem da poluição do rio.

Ainda de acordo com essa informação, “não havendo evidências de um incorreto funcionamento das mesmas”, aguardavam-se “os resultados das análises às amostras recolhidas, para retirar alguma conclusão.”

Meses depois, a poluição continua sem que, aparentemente, algo de eficaz tenha sido feito para a impedir.

Agora, responde novamente o Ministério do Ambiente que "até à data ainda não foi possivel apurar o foco de poluição, pese embora as diversas diligências que têm sido levadas a cabo, através das visitas efetuadas ao terreno e de colheitas de água residual". 

Esclarece ainda o Ministério que as águas a jusante e a montante da ETAR cumprem as condições de descarga e que em duas situações que a GNR, através do SEPNA, acompanhou a existência de espuma no Nabão, não conseguiu detetar o foco nem a existência de poluição adicional. 

Compromete-se assim o Ministério do Ambiente, através da Agência do Ambiente e com o apoio da GNR/SEPNA, manter a fiscalização do Rio Nabão até à descoberta dos focos de poluição.